quinta-feira, 29 de julho de 2010

“Muricy nega o convite para ser técnico da seleção” - A CBF e a nação brasileira agradecem!!!


O retrato da campanha do Brasil na Copa do Mundo de 2010 foi o Dunguismo, um símbolo de nervosismo e arrogância que era transmitida não só por parte do técnico como pela sua comissão e jogadores. Com o intuito de mudar esse cenário contratando um novo técnico, a CBF esteve próxima de cometer o mesmo erro. Depois de muita espera a Confederação Brasileira de Futebol anunciou Muricy Ramalho, atual técnico do Fluminense. Porém, Ricardo Teixeira foi salvo pelo destino, ou pela ambição, e o técnico que tem no currículo 4 campeonatos brasileiros negou o convite.

Muricy foi chamado após o jogo contra o Cruzeiro no Maracanã, no qual a vitória deixou o tricolor carioca na liderança do campeonato brasileiro. Esse fato, fez a torcida tricolor implorar pelo “dia do fico” de Muricy Ramalho, e ele ficou! A alegria da torcida era tamanha que cantavam em coro: “Chora CBF o sonho acabou o Muricy é tricolor”. Porém, talvez o mais certo fosse apropriar-se do slogan de uma famosa bandeira de cartões de crédito e dizer: “Existem coisas que o dinheiro não compra, para todas as outras existe Celso Barros”.

“Minha escolha é sempre respeitar o que assino. Tenho minha postura e existe uma torcida, uma diretoria, um patrocinador forte e uma história no clube, isso não dá para passar por cima", disse Muricy. Apesar de ser no mínimo fofo (o que não pode se dizer de Ricardo Texeira pela foto ao lado. ECAAA!! Entrou p/ a disputa do nojentinho da rodada), é difícil de acreditar, principalmente quando o contrato de Muricy foi modificado. Antes terminava no final deste ano, agora vai até 2012 e se ele recebia 350 mil reais, quem sabe o quanto ele está ganhando e quantos privilégios tem agora?

O fato é que, por mais que a maioria dos brasileiros não pensem assim, o resultado pode ter sido benéfico para a seleção do país pentacampeão do mundo. Quem não se lembra do Muricy na sua fase tricampeã no São Paulo? Um técnico arrogante e grosseiro com a imprensa. Não comparando com a posição do Dunga na copa de 2010, longe disso. No entanto, não podemos negar que sua postura também não era nada agradável.

Dos males o menor, a postura do técnico talvez não viesse a proporcionar grandes problemas para seleção, até porque há quem diga que ele mudou. O maior problema é, justamente, a causa das criticas que o levaram a ser arrogante, sua característica defensiva. Esse aspecto ele não mudou. No jogo de, até agora, maior destaque frente ao Fluminense, contra o Santos, Muricy entrou em campo com três zagueiros e jogando atrás. A vitória contou com o azar do time paulista, já que perdeu inúmeras chances claras de gol. Não acho esse fator negativo, principalmente, quando se fala de campeonato de pontos corridos como é o Brasileirão, nesse caso essa tática funciona.

Porém, talvez não funcione quando o assunto é Seleção Brasileira, aquela que todo mundo espera ver jogar para frente, atacando, jogando bonito e tendo inúmeras chances de gols. Todo brasileiro espera que a seleção seja o Santos do jogo contra o Fluminense e não um time com as características do dirigido pelo Muricy. Sem dúvidas, Muricy Ramalho é um ótimo técnico, mas talvez não seja apropriado para esse momento da seleção e para um campeonato que exige saber jogar uma fase de mata-mata, por exemplo.

E se Ricardo Teixeira pretendia com Dunga resgatar o orgulho de jogar pela seleção, como o técnico destacou tantas vezes, ou seu plano mudou ou errou muito escolhendo Muricy. Sabendo de um contrato verbal e conseguindo transformá-lo em contrato físico, Muricy se negou a romper unilateralmente o com o Fluminense (sim, ele podia fazer isso), mesmo quando a proposta da CBF era os mesmos 350 mil reais mais a multa de rescisão contratual com o clube. O que ficou evidente é que o técnico privilegiou outros aspectos e não valorizou o fato de treinar a tão sonhada seleção pentacampeã mundial.

Para a CBF, talvez um resultado bem positivo. A segunda opção, Mano Menezes chegou e em sua primeira convocação já soube agradar a opinião pública. Todas as solicitações dos brasileiros para a Copa da África do Sul estão presentes, desde os meninos da vila que formam o “quarteto fantástico”, até o volante Hernanes muito pedido pela maior parte dos comentaristas pela qualidade na saída de bola. Mas esse é um assunto para futuros posts.

1 comentários:

Anônimo disse...

O que foi melhor desse "Não" do Muricy foi o mico que ele fez o R. Texeira passar. Ele deu um "não" a arrogância que comanda a CBF! Isso foi bom!

Eu gosto do Mano e ele me parece um cara com o bom senso necessário para dirigir a seleção, e principalmente, assim como seria com Muricy, Mano chega à seleção pelo critério do mérito, e não de paraquedas como uns e outros que conhecemos....

6 de agosto de 2010 às 16:58

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