Tempo de férias!

A Copa do Mundo acabou e, como manda o calendário, chegamos nas férias de verão do hemisfério norte. Consequentemente, férias dos principais jogadores do mundo e pré-temporada dos clubes europeus. Além de se esbaldarem nas praias espalhadas pelo mundo (que vale um outro post, principalmente se falarmos sobre os modelitos que eles exibiram), as grandes estrelas (ou nem tanto assim) do futebol tem que dividir seu tempo livre com a maratona de casamentos que acontece nessa época do ano.

Um dos finalistas da Copa e destaque do torneio, o meia holandês Sneijder uniu seus trapos milionários com a também holandesa Yolanthe Cabau Van Kasbergen, com quem já era casado no civil. Como já havíamos dito no nosso twitter, o jogador até se batizou para poder casar na Igreja como manda o figurino e, aparentemente, a esposa. O casal optou por deixar a parte religiosa (e brega) do casamento para o meio do ano. O local escolhido foi a bela região da Toscana, na Itália. Mas se o cenário era de filme, a escolha de tudo no casamento foi MUITO equivocada. O atual campeão da Champions League e do Campeonato Italiano vestiu um terno AZUL BEBÊ, que BRILHAVA. Além disso, os dois apaixonados ainda soltaram DUAS POMBAS BRANCAS depois da cerimônia, acreditando que isso simbolizaria o amor quando, na verdade, só mostrou que eles devem escolher uma outra pessoa para organizar qualquer evento futuro da vida deles como, sei lá, o batizado dos filhos.

Esse terno supera o do Ashley Cole?

Seguindo a onda do colega de seleção, Heitinga também resolveu se casar. Em uma cerimônia em Ibiza, o também finalista da Copa disse o “sim” à sua noiva Charlotte-Sophie. Acho que inventar, e errar, na produção do casamento é lugar-comum na Holanda.

Heitinga, esposa, filha e Ibiza

O capitão da seleção alemã, Phillip Lahm, também aproveitou a época e oficializou sua relação com Claudia Schattenberg. O casamento aconteceu na Alemanha mesmo, em Munique. Com o prêmio de 360 mil euros que o jogador recebeu pela campanha na Copa do Mundo, eu esperava um casamento mais cheio de pompa.

Segura o decote, amiga.

O brasileiro Júlio Baptista, um dos jogadores mais questionados na Copa do Mundo, também aproveitou essa época e casou com a modelo espanhola Sílvia Nistal, com quem namorava desde 2007, em Madrid. O casamento teve, entre os convidados, Fábregas, campeão do mundo pela Espanha, e a mãe do atacante Ronaldo (?).

"Pelo menos ela usou véu de cabelo preso" (MARTHA, Marcella)

Sobre a pré-temporada dos clubes europeus, o EUA foi escolhido como o destino desse ano. Manchester United, Chelsea e Real Madrid foram alguns dos times que optaram disputar torneios amistosos como preparação para a temporada que está por vir. O amistoso mais aguardado é o do time do técnico José Mourinho contra o LA Galaxy, no dia 7 de agosto. Além dos grande nomes do Real Madrid, espera-se a participação de David Beckham, que joga pelo time norte-americano.

Queria eu ter um bronzeado desses...

Para quem tá com saudade das beldades que a gente comenta por aqui, seguem as datas de início dos principais campeonatos europeus:

Espanhol: 28 de Agosto
Italiano: 28 de Agosto
Alemão: 07 de Agosto
Inglês: 14 de Agosto


Que comece a temporada.
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“Muricy nega o convite para ser técnico da seleção” - A CBF e a nação brasileira agradecem!!!


O retrato da campanha do Brasil na Copa do Mundo de 2010 foi o Dunguismo, um símbolo de nervosismo e arrogância que era transmitida não só por parte do técnico como pela sua comissão e jogadores. Com o intuito de mudar esse cenário contratando um novo técnico, a CBF esteve próxima de cometer o mesmo erro. Depois de muita espera a Confederação Brasileira de Futebol anunciou Muricy Ramalho, atual técnico do Fluminense. Porém, Ricardo Teixeira foi salvo pelo destino, ou pela ambição, e o técnico que tem no currículo 4 campeonatos brasileiros negou o convite.

Muricy foi chamado após o jogo contra o Cruzeiro no Maracanã, no qual a vitória deixou o tricolor carioca na liderança do campeonato brasileiro. Esse fato, fez a torcida tricolor implorar pelo “dia do fico” de Muricy Ramalho, e ele ficou! A alegria da torcida era tamanha que cantavam em coro: “Chora CBF o sonho acabou o Muricy é tricolor”. Porém, talvez o mais certo fosse apropriar-se do slogan de uma famosa bandeira de cartões de crédito e dizer: “Existem coisas que o dinheiro não compra, para todas as outras existe Celso Barros”.

“Minha escolha é sempre respeitar o que assino. Tenho minha postura e existe uma torcida, uma diretoria, um patrocinador forte e uma história no clube, isso não dá para passar por cima", disse Muricy. Apesar de ser no mínimo fofo (o que não pode se dizer de Ricardo Texeira pela foto ao lado. ECAAA!! Entrou p/ a disputa do nojentinho da rodada), é difícil de acreditar, principalmente quando o contrato de Muricy foi modificado. Antes terminava no final deste ano, agora vai até 2012 e se ele recebia 350 mil reais, quem sabe o quanto ele está ganhando e quantos privilégios tem agora?

O fato é que, por mais que a maioria dos brasileiros não pensem assim, o resultado pode ter sido benéfico para a seleção do país pentacampeão do mundo. Quem não se lembra do Muricy na sua fase tricampeã no São Paulo? Um técnico arrogante e grosseiro com a imprensa. Não comparando com a posição do Dunga na copa de 2010, longe disso. No entanto, não podemos negar que sua postura também não era nada agradável.

Dos males o menor, a postura do técnico talvez não viesse a proporcionar grandes problemas para seleção, até porque há quem diga que ele mudou. O maior problema é, justamente, a causa das criticas que o levaram a ser arrogante, sua característica defensiva. Esse aspecto ele não mudou. No jogo de, até agora, maior destaque frente ao Fluminense, contra o Santos, Muricy entrou em campo com três zagueiros e jogando atrás. A vitória contou com o azar do time paulista, já que perdeu inúmeras chances claras de gol. Não acho esse fator negativo, principalmente, quando se fala de campeonato de pontos corridos como é o Brasileirão, nesse caso essa tática funciona.

Porém, talvez não funcione quando o assunto é Seleção Brasileira, aquela que todo mundo espera ver jogar para frente, atacando, jogando bonito e tendo inúmeras chances de gols. Todo brasileiro espera que a seleção seja o Santos do jogo contra o Fluminense e não um time com as características do dirigido pelo Muricy. Sem dúvidas, Muricy Ramalho é um ótimo técnico, mas talvez não seja apropriado para esse momento da seleção e para um campeonato que exige saber jogar uma fase de mata-mata, por exemplo.

E se Ricardo Teixeira pretendia com Dunga resgatar o orgulho de jogar pela seleção, como o técnico destacou tantas vezes, ou seu plano mudou ou errou muito escolhendo Muricy. Sabendo de um contrato verbal e conseguindo transformá-lo em contrato físico, Muricy se negou a romper unilateralmente o com o Fluminense (sim, ele podia fazer isso), mesmo quando a proposta da CBF era os mesmos 350 mil reais mais a multa de rescisão contratual com o clube. O que ficou evidente é que o técnico privilegiou outros aspectos e não valorizou o fato de treinar a tão sonhada seleção pentacampeã mundial.

Para a CBF, talvez um resultado bem positivo. A segunda opção, Mano Menezes chegou e em sua primeira convocação já soube agradar a opinião pública. Todas as solicitações dos brasileiros para a Copa da África do Sul estão presentes, desde os meninos da vila que formam o “quarteto fantástico”, até o volante Hernanes muito pedido pela maior parte dos comentaristas pela qualidade na saída de bola. Mas esse é um assunto para futuros posts.

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Retrospectiva da Copa 2010

Acabou-se o que era doce. Apito final na África do Sul, e chegou a hora de dar tchau às seleções, aos grandes jogadores e à emoção da Copa do Mundo para abrir lugar novamente aos campeonatos nacionais.

Estamos felizes que acabou a copa, Piqué?

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Imaginei. Mas você voltou pra casa feliz da vida, né não, garotão?



Ahh, muleque.


O melhor time ficou com o título, quanto a isso não há discussão. A Espanha vem fazendo por onde não apenas neste mundial. Nos últimos quatro anos, desde o final da Copa de 2006, nenhuma outra seleção se sobressaiu tanto quanto a espanhola. O único título que deixaram escapar foi o da Copa das Confederações. Para coroar essa vitoriosa geração, que conquistou tudo (ou quase tudo) pelos seus clubes, só faltava o título de campeões mundiais nacionais. E não houve nenhuma injustiça nisso.

Há quem diga que os espanhóis ficaram muito abaixo da crítica. De fato, a Espanha da Copa não foi a Espanha avassaladora da Eurocopa. O maior mérito do time nesta Copa talvez tenha sido a vitória sobre a Alemanha, que, depois de começar o mundial sob desconfiança devido a baixa média de idade do time, tornou-se rapidamente a favorita. Mas o 1x0 sobre os alemães foi a maior goleada desta Copa. Nenhum outro time foi tão senhor de um jogo, tão soberano, quanto a Espanha foi contra a Alemanha. Foi uma partida quase perfeita, onde a impressão era que eles poderiam fazer o gol a qualquer momento. Pegaram os alemães, ainda, em sua maioria, inexperientes, e colocaram no bolso. O estilo de jogo espanhol, de posse de bola, muita troca de passes e jogadas bem construídas, dado como morto por boa parte da crítica, provou-se, além de bonito, eficiente. A Espanha calou a boca daqueles fanfarrões que adoravam bradar que futebol bonito não ganha jogo. Tá aí.

"Ahh, mas aquilo não foi futebol bonito! Eles quase não fizeram gols!" Acho isso subjetivo. Futebol bonito, pra mim, não é só gol. Futebol bonito está na qualidade dos jogadores, na capacidade deles de construírem e dominarem um jogo. Nenhuma outra seleção teve um jogo coletivo tão forte quanto a Espanha. Ninguém era tão consciente da movimentação dos companheiros em campo, tão certeiro nos passes, tão perfeccionista, quanto a Espanha. A Alemanha chegou bem perto, mas faltou maturidade na hora H, coisa que sobrou aos espanhóis. Não esconderam sua vocação ofensiva em nenhum momento, apesar dos poucos gols, e mostraram uma defesa extremamente forte e equilibrada. Mais um mito derrubado: ter um time que joga para frente não necessariamente quer dizer ser vulnerável atrás.

O excesso de preciosismo talvez seja um inimigo espanhol. Quantas vezes os jogadores não se encontraram em condições de finalizar uma jogada ou chutar pro gol, e preferiram tocar a bola pro lado, ou tentar uma enfiada, procurando um companheiro em melhor condição, e acabaram perdendo o momento? Mas, se por um lado isso pode ser um defeito, por outro é uma prova de como os espanhóis estavam sempre mais conscientes do jogo e das possibilidades ao se redor, que os outros times. Se a Alemanha apostou na velocidade e na inteligência dos seus jogadores, matando os adversários com contra-ataques certeiros, a Espanha foi o extremo oposto: eles abriam caminho na defesa adversária com paciência e muito trabalho na bola. Os outros esperavam a Espanha errar para pegá-los desprevenidos, e, felizmente para eles e infelizmente para os outros, ainda que sem impressionar muito e sem mostrar a mesma desenvoltura e rapidez da Euro, a Espanha foi um time que errou muito pouco, coisa de time que se conhece muito bem.

Pelo conjunto da obra, e pela obra do conjunto, a Espanha mereceu a taça. Não entendo as críticas. Como pode um time que começa a Copa como favorito, e termina vencedor, ser decepcionante? Que se critique a forma de alguns jogadores, o desempenho de outros (Iniesta esteve abaixo do esperado a Copa quase toda, apesar do gol decisivo e da boa participação na final; Fernando Torres, mal recuperado de uma lesão séria, não foi à África do Sul), mas não o resultado.

É a Fúria, mané!



Não vou nem falar da Holanda. Time que foi pra uma final de Copa pensando em basear seu jogo em cavar faltinha (shame on you, Robben, shame on you!) e quebrar os adversários, nem merece ser citado. Entendo que final de Copa, especialmente entre dois times que estavam carregando o peso do mundo nos ombros, toda aquela pressão, certamente não seria o lugar de futebol bonito, passe de calcanhar e gol de voleio. Mas o que a Holanda fez foi absurdo. Com seus dois jogadores muito bem marcados, Robben e Sneijder, as poucas chances que tiveram na partida foram em cobranças de falta (quase todas encenadas pelo já citado Robben). Robben este que aliás perdeu o gol mais feito do jogo, cara-a-cara com Casillas - uma não, mas duas vezes - e só tem a si mesmo para culpar. Reclamaram dos cartões amarelos do juiz, mas o inglesão foi é gente fina; deveria ter sentado a mão no vermelho para De Jong e Van Bommel (que mereceu um vermelho pelo conjunto da obra de toda a Copa). Fiquei satisfeita que o estilo de jogo deles não saiu vitorioso, seria uma vergonha se tivesse dado resultado.

Mas enfim, final entre os dois times que começaram a Copa como favoritos absolutos. Nenhuma surpresa aí. Nenhum dos dois mostrou o futebol que se esperava deles, nem a Holanda foi a mesma da Euro (que protagonizou uma das partidas mais sensacionais dos últimos anos, contra a Rússia - uma pena que não foi pra Copa, aliás). Venceu o melhor.

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Hora então das votações e considerações finais! Depois de 30 dias de algum futebol, muita pelada, vuvuzelas e uma dose de jiu-jitsu, é hora dos votos finais. Coroa pra quem merece e troninho pra quem não desce (olha a sagacidade da menina, fez até rima - HA!).

Bola de Ouro: eu acompanho o voto do relator, e vou no Forlán. Como já tinha dito antes da disputa de terceiro lugar (pra não dizer que eu sou modinha), Diego Forlán, responsável por levar a limitada seleção do Uruguai até a semifinal com seus belos gols e grande liderança (juntamente com Suárez e sua mano de Dios) foi, na minha opinião, o grande destaque de uma Copa que teve como destaque, na verdade, o jogo coletivo de Alemanha e Espanha. O Uruguai como um todo está de parabéns pela campanha, mas sem dúvida nenhuma eles não teriam ido tão longe sem o talento de Forlán e seus cachinhos dourados.



Bola de lata: Felipe Mello. Sem titubear. Não que eu ache que ele foi o pior jogador da Copa de fato, mas eu vejo nele o símbolo de tudo que deu errado sob o comando Dunga - ou como os comentaristas no Brasil gostam de falar, me informou Aline Nastari, o dunguismo. A falta de talento dessa seleção, a agressividade desnecessária, o critério mais descriteriozo da história, o destempero e o brilho murcho que fez até a torcida virar contra se juntaram na figura do Felipe Mello, naquele pisão no Robben, e no seu cartão vermelho. A falta de humildade veio depois, nele, e no seu patrão, insistindo em dizer que não erraram e que deixaram um legado valioso para o Brasil. Triste. Já vai tarde, meu filho.

Miss Congeniality: Uruguai. Não foi apenas um jogador que conquistou com a simpatia, mas o time todo. A garra dos caras, o coração na ponta da chuteira, a força de vontade, tudo isso fez todo mundo ser um pouco uruguaio nessa Copa, e até mesmo os gringos que tanto criticaram o Suárez acabaram se rendendo à Celeste. O espírito de grupo deles foi uma lição no Dunga e seus sete anões, que foram pra Copa como divas bancando a Branca de Neve. Humildes desde o começo, reconhecendo suas limitações e indo atrás dos resultados até quando tudo já parecia perdido. O Uruguai protagonizou algumas das melhores partidas dessa Copa justamente por levar a emoção até o fim, e vendeu suas derrotas muito caro. Um beijo e um abraço pra eles.

Destaque geral Copa: Poderia ser a Espanha, campeã; poderia ser a Alemanha, impressionante com todos os seus garotinhos de ouro; poderia ser o Schweinsteiger, que fez uma Copa brilhante. Mas o destaque mesmo dessa Copa nem estava na África. O polvo Paul, que saiu invicto, acertou todos os vencedores dos jogos da Alemanha e ainda o da final, não deixou margem pra dúvida. Não teve pra ninguém.



Decepção mór: Em condições normais eu teria votado na Inglaterra, porque achei sinceramente que dessa vez a golden generation is mostrar porque merece o apelido, e foi justamente o contrário. Mas teve uma coisa que foi ainda mais zicado do que a Inglaterra: a Nike. Aquela campanha brilhante, Write The Future, conseguiu acabar com as chances de todos os personagens que eles escolheram pra participar das propagandas. Foi o polvo Paul ao contrário, prevendo quem é que ia se dar mal. No final ainda fizeram uma campanha especial pra Holanda - pobres coitados, a vitória da Espanha foi sacramentada ali. O comercial é ótimo, mas vai azarar assim lá na casa do escambau, hein?

Prêmio Morre Fácil: Eu poderia votar no Terry. Porque, né?



Como não?

MAS, como forma de homenagear a campeã, e também pensando além dos atributos físicos (não que o Terry seja perna de pau, mas nessa Copa, apesar de ter protagonizado um dos momentos mais legais no jogo contra a Eslovênia quando se jogou na bola estilo Pequena Sereia, ele esteve bem abaixo, e o desfalque do Ferdinand aos 45 do segundo tempo não ajudou em nada), vou votar nisso daqui:



Duas palavras: barba ruiva.

Menção honrosa ao Piqué, que além de ter feito bonito na tática, fez lindo na estética.


Prêmio Ribery-Tevez: Jandira Feghali meets Slot meets Calypso.



Carles Puyol, mostrando que você não precisa ter intimidade com a tesoura pra ser campeão da Copa.

Revelação: Tá todo mundo dando pro Müller (opa), mas eu vou fazer diferente. Claro, ele merece, foi sumpimpa pra caramba, jogou horrores, vai chegar na Euro matando cachorro a grito, etc. Não discordo do prêmio e acho que ele merece mesmo. Mas a minha rveelação vai pra outra pessoa. Um jogador que não é tão novo quanto o Müller, mas que quase ninguém conhecia - até essa Copa. Fábio Coentrão, jogador de 22 anos do Benfica que se encontrou na vida como lateral esquerdo e fez uma senhora Copa, apesar da declassificação precoce de Portugal. Já tá todo mundo de olho no rapaz, e com razão. Então já que todo mundo vai ficar falando do Müller mesmo, eu aproveito pra lembrar do Coentrão.

Luva de Ouro: Eduardo, goleiro de Portugal. Além de super simpático, agarrou demais nessa Copa. São Iker mereceu o prêmio pela atuação nessa reta final, mas o Eduardo foi embora tendo levado apenas um gol, e fazendo chover canivete direto. Merece ser lembrado.

Momento mais marcante: Como uma imagem vale mais do que mil palavras...



Uma das reviravoltas mais sensacionais da Copa. O Suárez vai ficar marcado nessa Copa não pelos seus gols, mas pela melhor defesa do campeonato.

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Então, né? A gente saúda a África do Sul, e bate palmas para os campeões.



Ficamos tristes por ter que dar tchau, mas felizes por todas as belas imagens que ficam. Né não, Xabi Alonso?

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Um beijo pra África!



E a gente se vê no Brasil. ;D
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Sei que é o momento é de expectativas para a grande final entre Espanha e Holanda que estão empolvorosas pelo título inédito para as duas equipes. Na verdade eu esperaria nem comentar sobre o assunto a seguir... =/

Tempos áureos em que se ouvia, num Maracanã lotado os urros "Put*quePariuu, é o melhor goleiro do Brasil, Bruno!"!

Como todo rubro-negro, não deixei de me espantar, e porque não dizer, decepcionar com fatos que acabarão (ou já acabaram) por comprometer a idoneidade de um dos atletas mais promissores do Brasil - promissor, sim.. apesar de algumas falhas, cumpria penosamente o seu papel de goleiro e capitão de uma equipe com sérios problemas seja com dirigência, seja com elenco, seja com comando técnico, seja estrutural...

No início pensei mesmo que o caso do sumiço de Eliza Samudio em 9 junho, dia em que a modelo mineira fez seu último contato com pessoas mais próximas, fosse fruto de uma briga passional entre Bruno, Eliza e Dayane, a atual namorada do goleiro. E, talvez o caso pudesse ser todo resolvido com uma confissão de Dayane que, por ciúmes, teria dado um sumiço na "amante" do camisa 1 rubronegro e tivesse então, entregado seu filho (Bruninho) a um abrigo de menores.

Mera ilusão. Mera inocência minha, também.

Dayane fora inocentada e logo depois, Macarrão, amigo de Bruno, apareceria como articulador do crime sujo e cruel que, provavelmente, teria acontecido.

 
Bruno e Macarrão de volta a Minas Gerais, no glamour do camburão.


Não resta dúvidas para a maioria das pessoas que acompanha o caso. Com a prisão preventiva decretada pela polícia, Bruno passando a noite em Bangu II, e logo depois sendo transferido para Minas, fica cada vez mais próxima, a verdade: Bruno, pode até não ter colocado a "mão na massa", mas, com toda a certeza do mundo, não dormiu tranquilo num dia, e no outro, "PLUFT!" uns amigões dele resolveram acabar com o "problema" definitivamente. Afinal, ninguém é tão amigo (maluco) assim de matar uma pessoa por causa de um amigo, sem que esse amigo tenha, no mínimo, pedido (pago por) isso.

É muito imaginar que nós, torcedores, ou nós, cidadãos poderemos acreditar que Bruno não tenha um dedo pra fora de toda essa lama, sim.. vc não entendeu errado, o dedo FORA da lama, porque o resto do corpo INTEIRO está, provavelmente nela.

Esperamos que esse caso seja resolvido, pelo respeito não a mim, não ao torcedor rubronegro, não pela família da moça, tampouco pela liberdade do acusado, mas, simplesmente, pela tentativa de dar um fim a um velho hábito de algumas pessoas (pessoas de boa família e boa renda, ao que tudo indica) que acham que a vida é simples assim: "Eu tenho um filho fora do casamento, não to afim de apurrinhações por causa disso então, "ZÁS!", vamos dar uma matadinha na mãe da criança e fica por isso mesmo".
Tá achando que isso é bola, meu filho? Mulher, filho, família E futebol são coisas muito sérias pra ficar no "mata-mata".
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O melhor das semifinais: a raça e a classe

E chegamos ao último ato da Copa 2010! Depois de muitas supresas, decepções e campanhas que nos fizeram mudar de palpite aos 45 do segundo tempo, os dois finalistas são, afinal, duas seleções que constavam desde o princípio na lista de favoritas das favoritas ao título - e justamente as duas que ainda não possuíam um caneco nas suas estantes.

Espanha e Holanda terão a oportunidade de, finalmente, às 19:30 de domingo (15:30 no horário de Brasília), mostrar porque são sempre contadas como gigantes do futebol mundial, apesar da falta de Copas do Mundo nos currículos. É a primeira final na história para a Espanha, e a primeira em 32 anos para a Holanda, que espera fazer justiça pelas laranjas mecânicas do passado.

A campanha pré-copa da Espanha foi provavelmente a mais empolgante dentre todas as seleções, com um sonoro 6:0 logo antes da Copa sobre a Hungria. Sneijder, campeão italiano e europeu com a Inter de Milão, e Robben, campeão alemão e também finalista da Champions League pelo Bayern, prometiam. E de certa forma cumpriram. Se a campanha não foi tão brilhante quanto se esperava, com o futebol vistoso que deu fama à seleção holandesa e chamou a atenção na Euro de 2008, o time foi sempre muito consistente. Souberam jogar contra o Brasil, que, vai, não era lá essa Brastemp toda, mas ainda assim tinha o peso da amarelinha/azulzinha a seu favor, e um primeiro tempo fantástico. Contaram com erros clamorosos do Brasil, A.K.A. Felipe-Mellonagens, mas ainda assim, souberam usar tudo isso a seu favor, e explorar o fraco emocional brasileiro. Robben destruiu nossa defesa só com a experiência: caindo e rolando no chão como minhoca na areia quente, ele estressou nossos jogadores, forçou cartões amarelos e acabou acordando o Felipe Mello dentro do monstro - ops! O monstro dentro do Felipe Mello.

Contra o Uruguai, como francos favoritos, a Holanda encontrou muita dificuldade de penetrar na forte defesa da Celeste. Encontrar espaços entre os dispostos e batalhadores jogadores uruguaios não é fácil, e mais difícil ainda é fazer com que eles se rendam. Talvez sem os desfalques o Uruguai poderia ter sido mais perigoso, mas mesmo assim, e com Forlán jogando no sacrifício, os nossos queridos vizinhos não desistiram nem por um segundo. Os holandeses, com mais qualidade, e contando com um Sneijder inspirado, mataram o jogo com dois em 4 minutos, mas tiveram que defender as suas vidas nos últimos minutos do jogo, o que fez desta semifinal uma das melhores partidas da Copa. Palmas para os uruguaios, que pegaram suas chaves fáceis e fizeram com elas o que muitas seleções mais poderosas não conseguiram: passaram por cima. Com futebol leal e determinado, na base da raça. Caíram de pé.

Pausa para um elogio: Deixo registrado aqui, desde já, que independentemente do que aconteça na final, pra mim, o homem dessa copa foi Diego Forlán. Chegou badalado pelos seus gols na final da Liga da Europa, jogando por uma seleção da qual pouco se esperava e com companheiros argumentavelmente mais fracos do que muitos outros craques da Copa; bateu no escudo e falou 'Deixa comigo'. É craque? Então mostra. E ele mostrou. Não se escondeu em nenhum momento, foi decisivo em muitos deles e teve uma ótima participação. O Uruguai todo está de parabéns, mas o Forlán com certeza se destacou. Palmas pra ele.

Pausa para uma crítica: O que é Van Bommel? Distribuindo bordoada a torto e a direito, chegando só na cavalisse. Era pra ter sido expulso na partida de ontem, e só tomou um cartão amarelo porque achou que o juiz tinha apitado o final do jogo quando na verdade era uma falta, e deu um bico na bola. Com a bola no pé que é bom mostrou pouco. Sinceramente.

Chegamos então naquela que pra muitos era a final antecipada da Copa! De um lado, a franca favorita deste o começo Furia Roja; do outro, aquela que chegou de fininho e de repente se mostrou o bicho-papão da Copa, a Alemanha. Com uma seleção com média de idade baixíssima, que combinou a velocidade e a sapecagem dos garotos com a experiência dos já manjados Klose, Podolski e Schweinsteiger, a Alemanha foi, certamente, a seleção que teve a campanha mais impressionante.

Muitas pessoas ficaram decepcionadas com a Espanha, esperavam ver aquela que ganhou a Euro de 2008 como um caminhão doido sem freio. Tá bem, é verdade que até aqui eles tinham sido mais irritantes do que qualquer coisa, e perderam uma partida, mas ainda assim os espanhóis avançaram até as semifinais porque tem em mãos o que é provavelmente o melhor time da copa. Do camisa 1 ao 23 (glorioso Pepe Reina!), a Espanha é feita basicamente de talento - talento jovem associado ao talento experiente. Uma seleção que tem entrosamento de muito tempo, acostumada a jogar junta pela Espanha, pelos clubes (seis jogadores do Barcelona no time que começou a partida hoje, sete se contarmos o Villa) e uns contra os outros também nos campeonatos espanhóis. De todos os jogadores da Espanha, três atuam fora do país (Torres e Reina no Liverpool e Fábregas no Arsenal).

Vamos dar uma olhada em algumas estatísticas espanholas nessa copa, então:

- A Espanha teve maior posse de bola do que seus adversários em todos os jogos da Copa.
- É o time com maior número de chutes: 103. Em chutes no gol, só perde pra Argentina e Holanda (ambos com 2 e 1 chute a mais, respectivamente).
- É o time que mais tentou passes na Copa, 4206, com 81% de acerto (!!), mais do que qualquer outra seleção.
- O primeiro, o segundo, o terceiro, o quinto, o sétimo e o oitavo jogadores com maior número de passes na Copa são espanhóis, todos com estimativa de acerto entre 81 e 88%.
- Casillas tem apenas 12 defesas na Copa INTEIRA, que é menos do que goleiros que saíram na primeira fase da Copa.
- Tem apenas 2 gols sofridos na Copa.
- O jogador com maior número de chutes no gol na Copa é o David Villa, não a toa é o artilheiro.
- A Espanha só tem menos cartões amarelos do que a Coréia do Norte, e é a 13º em faltas cometidas - mas a primeira em faltas sofridas.


Decepcionante, não?

A Espanha pode não ter sido o poço de brilhantismo que todos estavam esperando, mas foi, sem sombra de dúvidas, um poço de competência. Fizeram valer a sua proposta de jogo em todos os confrontos (exceto no primeiro, contra a Suiça, quando deram um mole imperdoável), e hoje, contra a Alemanha, mostraram finalmente, FINALMENTE, porque chegaram nessa Copa como campeã de todos os bolões.

A Alemanha, que aposta nos contra-ataques rápidos e mortais, na velocidade dos seus jogadores, numa disciplina tática que beirou a perfeição contra Inglaterra e Argentina e levou a duas goleadas históricas, e num aproveitamento monstro dos erros adversários, enfrentou uma seleção que praticamente não errou. A Espanha simplesmente não deu brechas para que os alemães conseguissem colocar seu jogo em prática, anulando toda e qualquer jogada. Levou mais de cinco minutos para que alemães conseguissem tocar na bola, e durante todo o jogo a cena se repetiu: espanhóis trocando passes com perfeição, testando a paciência dos alemães, que em vão bloqueavam os ataques na entrada da área, para logo depois perder a posse da bola de novo.

Se Friederich, um dos destaques dessa Copa, conseguiu anular o Villa, Busquets simplesmente não deixou Ozil ver a cor da bola. Quase nada passou pelo volante do Barcelona, que teve ainda a ajuda de um Xabi Alonso inspirado, depois de algumas partidas bem abaixo do seu potencial. Ele e Sérgio Ramos (companheiros de Madrid) estavam em sintonia, e o Xabi acertou lançamentos impressionantes, sempre buscando o lateral. Xavi e Iniesta, que não vinham desfrutando dos dias mais felizes das suas vidas, infernizaram a defesa alemã. Xavi foi inclusive o Man of the Match, teve o impressionante aproveitando de 86%, na partida com o maior número de passes trocados na Copa até aqui. Schweinsteiger, que pra mim foi um dos melhores jogadores nessa Copa, passou por momentos de zé ninguém contra a Espanha.

Não foi uma surpresa, a vitória da Espanha. Pelo menos não pra mim. De favoritos, eles foram à azarões contra a Alemanha, mas eu sempre confiei mais na experiência espanhola e no taco dos seus craques. Não que uma vitória alemã fosse algo inesperado, depois de tudo, mas é inegável que a Espanha é um time muito mais equilibrado e sensato do que Inglaterra e Argentina, com um padrão de jogo muito mais consistente e muito bem treinado. Seria questão de saber quem erraria menos, e a Espanha conseguiu ser quase perfeita. A posse de bola espanhola chegou a 68% durante a partida, e só se equilibrou nos minutos finais, quando, talvez nervosos com o fim da partida, os furiosos começaram a dar chutão pra frente e devolver a bola pro adversário - coisa que eles se recusaram a fazer durante todo o jogo.

Difícil ver um time jogar com a classe da Espanha, e o que alguns classificam como "futebol chato", pra mim é a grande graça do jogo. Uma seleção colocar a outra no bolso como a Espanha fez, especialmente em se tratando da Alemanha, é pra poucos. Por isso, meu respeito.

Os alemães fizeram muito bem nesta Copa e mostraram que vão chegar com o pé na porta em 2014, com uma geração extremamente promissora. Perderam para jogadores mais maduros, consagrados, e que merecem uma Copa pelo conjunto da obra.

Pausa para um elogio: Piqué, o Lúcio espanhol. É o terceiro jogador da Espanha com maior aproveitamento nos passes, e também o que tem o terceiro maior número de tentativas. Só perde em lançamentos para o Xabi Alonso, e tem o mesmo número de finalizações na Copa que o glorioso Lúcio. Com o plus de ser um irmão perdido do Henri Castelli, e não do chupacabra. Oh-lalá.

Pausa para uma crítica: Deu de usar terninho combinandinho com o assistente, né Joachim? Parou a palhaçada.

E já que é pra celebrar a Espanha, vamos nos lembrar também que desde o começo eles eram os meus preferidos no quesito chuchubeleza da Copa! Então viva mais um jogo com esses bons jogadores e jogadores bons dando o ar de sua graça nas nossas humildes TVs!








Já sabem quem é que vai levar seus votos de chuchu da Copa, migs? Eu não tenho dúvidas.
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Dunga fracassa abraçado com suas convicções

Primeiro, quero deixar clara uma coisa: não acho oportunismo questionar o trabalho feito na seleção depois da derrota. Afinal, é sim o momento de fazer um balanço geral, onde deu certo, o que deu errado. E quando eu falo de um balanço não penso apenas nos jogos da Copa do Mundo, obviamente que eles são importantes, mas é preciso visualizar todo um método implementado na seleção. Ou seja, se tem alguém pensa diferente nem perca seu tempo lendo (se é que existe algum leitor).

Acredito que o maior erro está na raiz, na escolha de 4 anos atrás. Refiro-me a efetivação de Dunga. Esse é um ponto que desencadeia todos os demais equívocos. Além da total inexperiência, Dunga mostrou um total despreparo psicológico para lidar com um cargo de tanta pressão. Não soube conviver com as críticas (por vezes é benéfico ouvi-las), criou um clima de guerra desnecessário e aplicou métodos duvidosos.

Especificarei melhor esses métodos em pontos, para facilitar a compreensão:

1) No primeiro ano de trabalho confundiu renovação com "inovação". Por isso, resolveu convocar jogadores esquecidos ou desconhecidos do futebol brasileiro, como Daniel Carvalho e Vagner Love (que jogavam na Rússia), Elano (isolado na Ucrânia, e que segundo o próprio jogador viva a PIOR fase da carreira), Fernando (do Bordeaux) Jonatas, Morais.... Sem falar em Afonso Alves e etc. E só puxar um pouco pela memória que vem mais. Chegou a deixar Kaká e Ronaldinho de fora de algumas listas e depois tacou os dois banco de reservas. Achou que deveria esquecer totalmente o passado e fazer logo uma "revolução" nos nomes dos convocados.

2) Após o "sucesso" da Copa América (o sucesso está entre aspas porque o Brasil apesar do título apresentou um futebol horrível, foi bem apenas na final contra Argentina), o nosso técnico definiu um sistem tático para seleção com dois volantes de contenção, naquela ocasião Josué e Mineiro. O que além de fugir muito do estilo de jogo brasileiro, engessa as futuras convocações. Afinal, acredito que o técnico deve convocar os melhores e depois definir um esquema em que esses jogadores possam atuar bem, e não convocar os melhores para o seu esquema favorito. Deu para entender a diferença?

3) O título da Copa América ainda foi mais prejudicial porque ali a seleção começou a mudar de nome, virou "os amigos de Dunga". Ou seja, colocamos fim ao critério do MÉRITO, que acredito ser fundamental para as convocações da seleção. Para estar entre esses amigos, quer dizer na seleção, é preciso ser um cara correto e obediente, e se der, se não for exigir muito, jogar um pouco de futebol.

4) Um ponto que acho muito importante é que em quatro anos o treinador não encontrou nenhum lateral esquerdo para a seleção, não insistiu, não deu confiança para ninguém. Então, nas vésperas da Copa precisou apostar em um jogador que não joga de lateral há 3 temporada e além disso nunca foi um craque, Michel Bastos, e em outro que também não joga na função e já tem 35 anos, Gilberto.

5) Chegamos a convocação da Copa que foi o resultado de vários erros desses quatro anos de trabalho e obviamente o mais gritante. Acho que nunca vi uma seleção tão mal convocada. Oito volantes e apenas um meia ofensivo. Vamos falar a verdade: o Julio Batista não pode ser o principal criador de jogadas de nenhum time no mundo, que dirá da seleção, então só tinhamos o Kaká, que todos sabem estava em condições físicas duvidosas. E estamos falando de futebol brasileiro que sempre se caracterizou pela ofensividade. Porque não chamou PH Ganso? O jovem era aclamado pela imprensa e pela torcida! Nesse ponto faltou um pouco de inteligência, afinal o Dunga só ia ganhar com isso, ia trazer muita gente para o lado dele, além de resolver um problema de criatividade e técnica. Preferiu justificar falando que o santista de 21 anos era muito inexperiência. Mas, precisa de experiência para esquentar o banco como fez o Kleberson? Nem entrarei na questão de nomes duvidos como Doni, Josué, Gilberto, Graffite...

6) Bom, a bomba explodiu na Copa. Era óbvio que a seleção poderia ter ganho a Copa, afinal o Brasil é Brasil. Mas, esse time, sinceramente, não merecia. E ironicamente Dunga fracassou abraçado com suas maiores convicções, que para mim se simbolizam na figura do Felipe Mello. Volante de características duvidosas para jogador de seleção, uma verdadeira "granada sem pino", que Dunga resolveu bancar apesar de todos os alertas. As opções para dar um pouco de ofensividade ou mudar o panorama da partida também não apareceram na Copa, reflexo da convocação.

7) É preciso dizer que a Era Dunga tem resultados expressivos como os títulos da Copa América, da Copa das Confederações e a campanha nas eliminatórias. Mas, essa seleção não deixará boas lembranças, nunca apresentou um futebol digno da tradição brasileira. Na Copa jogou sete partidas e apenas em uma foi realmente bem, contra o eterno freguês, Chile.

Ainda conseguiria falar mais uma semana, mas cansei...Gostaria só de pedir mais uma coisinha: vamos acabar com essa história de que prefiro jogar feio e vencer do que jogar bonito e perder! Não existe essa relação direta! O time pode perder ou ganhar de qualquer um dos modos. Essa afirmação é uma das maiores bonbagens do futebol atual. O essencial é sempre tentar jogador bem e naturalmente as chances de ganhar serão maiores.

Para finalizar (agora acaba, eu prometo), espero que com o fim do Dunguismo, a seleção volte a ser Brasil, convocando os jogadores com mais talento ou os que vivem grande fase, jogando um futebol agradável de se ver e torcer. Não é pedir muito para o futebol mais vitorioso do mundo!



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O dia em que todo brasileiro foi um pouco uruguaio



O dia parecia estar completamente arruinado. Aliás, a semana, o mês inteiro. Mal começaram as quartas-de-final, e o Brasil já estava eliminado da Copa. Apesar do Dunga, do Felipe Mello e da falta de talento/inspiração do meio-campo, nós acreditávamos. O balde de suco de laranja frio foi algo completamente inesperado, mesmo para os mais pessimistas, depois de um primeiro-tempo com o 1:0 mais goleada da Copa.

Não tem como não desanimar, mesmo com Alemanha, Argentina e Espanha ainda a se apresentarem, mesmo com todo o potencial à nossa frente. O Brasil estava fora; e agora, José? Torcer pra que? Torcer pra quem?

Eis que as 19:30 (15:30 no horário de Brasília) chegaram trazendo a resposta. Da partida menos comentada, menos esperada e menos expressiva das quartas-de-final, aquela que seria responsável por garantir a cota de coitadinho da semi-final, surgiu o momento mais mágico, mais surpreendente e inacreditável da Copa de 2010 - aquele que fez todos os brasileiros se lembrarem o porquê de nós passarmos quatro anos esperando por esse momento, uma recordação do que faz este mundial ser A Copa do Mundo, ponto.

Nossos vizinhos do sul foram à campo contra a desconfiança da imprensa internacional, um passado recente não favorável em torneios internacionais e a última seleção sulafricana restante na Copa - o que naturalmente garantiu que Gana tivesse a simpatia da maior parte do mundo, ainda que os uruguaios tenham, de longe, ganhado o troféu Miss Congeniality desse mundial.

O jogo não era lá uma Brastemp, e caminhava a passos lentos rumo aos pênaltis, o que era esperado, depois de um empate em 1:1 no tempo normal (Muntari por Gana e Forlán pelo Uruguai), até que - ATÉ QUE! Já nos acréscimos do segundo tempo de prorrogação, Gana consegue o chute que carimbaria seu passaporte rumo a uma histórica classificação para as semi-finais, e Suárez, o artilheiro uruguaio, em cima da linha, resolve levar os ensinamentos de Maradona às últimas consequencias e usar não uma, mas las duas manos de Dios para impedir o inevitável. Pênalti para Gana, cartão vermelho para Suárez, que sai de campo aos prantos, certamente achando que aquele lance seria o fim da linha para o seu time na Copa, e com a sua assinatura nele.

O que naquele momento o Suárez com certeza não estava imaginando era que Asamoah Gyan, o mais perigoso jogador de Gana, mesmo que havia conseguido o chute que parou nas suas mãos pouco antes, acertaria o travessão com gosto, NO ÚLTIMO MINUTO DA PRORROGAÇÃO.

Nem Suárez, nem Gyan, nem ninguém esperava ver o Uruguai sair classificado do Soccer City. Mas foi o que aconteceu. Muslera pegou dois pênaltis, e deixou para Abreu a tarefa de honrar seu apelido, o que ele está sempre muito disposto a fazer. Mostrando porque é ídolo da torcida celeste, o jogador que colocou o Uruguai na Copa colocou o país também nas semifinais, e o resto é história.





No momento em que Abreu correu para a bola, com sangue congelado nas veias para bater à lá Panenka o último pênalti de uma disputa de quartas-de-final de Copa do Mundo, o Brasil inteiro foi junto com ele, e soprou lentamente a bola para o fundo das redes do goleiro ganês. Foi o momento da redenção! Não curou a dor (e por dor leia RAIVA, ÓDIO, DECEPÇÃO) de ser cortado da Copa pela cabeçada de um jogador de meio metro de altura e as travas da chuteira de um cavalo, mas naquele minutinho ali, quando o Loco correu pro abraço e os uruguaios, simpáticos uruguaios, guerreiros uruguaios, gritavam, esperneavam e choravam de alegria, aquela conquista foi um pouquinho nossa também, ainda que de nossa não tenha tido nada. Valeu a torcida, e valeu o Abreu (gênio incompreendido, como todos os loucos. Eu sempre disse que ele faria história na Copa, taí).

Difícil dizer o que passou na cabeça do Suárez. Em uma fração de segundos o cara tem que fazer uma escolha entre deixar passar um gol que vai tirar seu time da Copa ou impedir da única forma que ele conseguiria e com isso provavelmente ainda ser eliminado da Copa, ser expulso do jogo e, caso o improvável acontecesse, perder a oportunidade de estar na semifinal. Eu, particularmente, acho que ele não pensou em nada disso. Foi puro reflexo. Ele só deve ter se dado conta do que estava acontecendo quando viu o vermelho saindo do bolso do juiz. Mas o fato de ter sido involuntário não faz do feito do Suárez algo menos heróico.

Suárez fez o que estava ao seu alcance para impedir o gol de Gana. Em um momento como aquele, é difícil dizer que qualquer outro jogador, de qualquer seleção, não faria o mesmo, se estivesse comprometido com a causa, é claro. Era a diferença entre o fim e uma chance, e o Suárez fez a escolha óbvia, sem ter a menor idéia de que daria certo. E a classificação do Uruguai veio suada, brigada e por isso mesmo foi ainda mais grandiosa do que seria naturalmente.

Enquanto os hermanitos são parabenizados no Brasil pela forma dramática e fantástica com que avançaram para as semis, aqui fora o que se vê é uma forte aversão. Colocam a mão do Suárez no mesmo patamar da do Henry, o chamam de trapaceiro, exigem punição da Fifa e desprezam os uruguaios por não terem enfrentado nenhum dos chamados cachorros grandes da competição - ou, em outras palavras, por puro recalque.

Chega a ser absurdo comparar o Suárez ao Henry. Um não sofreu qualquer tipo de punição pelo que fez, o outro sofreu todas as cabíveis. Gana teve um pênalti no último minuto de jogo e o atacante perdeu, sozinho, sem qualquer influência externa. O que mais o árbitro poderia ter feito? Dado uma surra com cabo de vassoura no jogador e obrigado ele a dar 50 voltas de joelho no gramado enquanto os africanos tacavam tomates podres? A mão do Suárez foi como a falta do último homem na entrada da grande área - injusta, sim, mas desde punida corretamente, não é ilegal. É um último artifício que o cara pode usar quando todo o resto falha.

Fosse o Rooney a fazer o mesmo, eu queria ver os ingleses o chamarem de trapaceiro sujo.

Que o Uruguai provavelmente vai voltar pra casa no meio da semana é irrelevante; que as parcas chances que eles poderiam ter contra a Holanda ficaram ainda menores com os desfalques que terão para a partida, não interessa. Eles pegaram uma chave fácil e fizeram o melhor que puderam da sua chave, fizeram a sua parte. O fato é que eles protagonizaram um dos momentos mais espetaculares da Copa, e podem voltar pra casa com a sensação de dever cumprido. O Suárez, que poderia já ter voltado pra casa com boas atuações na Copa, mas nada que o destacasse na multidão, certamente será lembrado por algum tempo.

Não conheço uma pessoa que não tenha torcido pela Celeste, não tenha vibrado com a empolgação deles, não tenha esquecido a desclassificação do Brasil por cinco minutos. Se você, querido leitor, não torceu pelo Uruguai, eu não vou nem dignificar o seu sangue de barata com um comentário. Em vez disso, vou tirar meu chapéu e estalar meus dedinhos para o Uruguai. São coisas como essa classificação, e a atuação belíssima da seleção alemã, que fazem do futebol o espetáculo que é.



Abreu: o craque, o gênio, o ídolo
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A (des)ilusão de uma Copa

Brasil eliminado da Copa do Mundo de 2010. Derrotado por 2x1, nas quartas de final, pela seleção da Holanda, o time brasileiro colocou um ponto final na era Dunga. O técnico brasileiro deixou claro que seu ciclo na seleção está no final.

O jogo foi uma aula da Holanda de como vencer um adversário sem, necessariamente, jogar melhor. O Brasil teve a melhor atuação da Copa durante o primeiro tempo da partida, quando fez 1x0 com Robinho, mas entregou o jogo na segunda etapa. A Holanda virou o jogo com dois gols de Sneijder (que foi carioca-lek-de-ipanema na sua vida passada), sendo um deles de cabeça (??!!). O camisa 10 da seleção holandesa foi eleito Man of the Match. Mas, pra mim, o destaque desse jogo foi o Robben.

Sempre fui fã do cara. É um jogador inteligente, que sabe ler o jogo e faz gol como ninguém. Depois de ter sido descartado pelo Real Madrid (assim como Sneijder), Robben fez uma excelente temporada pelo Bayern, sendo campeão alemão e finalista da Champions League (Sneijder foi campeão, jogando pela Inter de Milão).

No jogo contra o Brasil, Robben não mostrou todo o futebol que ele sabe jogar. Mas teve um papel fundamental na vitória holandesa. Pelo lado esquerdo brasileiro, onde o jogador permaneceu durante todo o jogo, saíram os dois gols de Sneijder. Michel Bastos bem que tentou, mas sua vocação ofensiva não conseguiu segurar o ímpeto do holandês, que sabia que o caminho do gol era por ali. Além disso, Robben usou toda a sua experiência e conseguia faltas com uma facilidade incrível. O ponto alto disso tudo foi a expulsão de Felipe Melo, que cometeu uma das muitas faltas que o holandês sofreu e, não satisfeito, deu um pisão no jogador caído.

Virar um jogo já é difícil. Virar um jogo com um a menos é mais difícil ainda. Virar um jogo, com um a menos, contra a Holanda é praticamente impossível. O time holandês, depois de fazer o placar que lhe dava a classificação para as semifinais da Copa, jogou com o regulamento e segurou a frustrante reação do Brasil.

Uma imagem vale mais que mil palavras né?!

Não vou ficar chutando cachorro morto e nem acho que seja saudável ficar esbravejando contra o Dunga. A CBF vai escolher outro técnico e um novo ciclo será iniciado, olhando pra Copa de 2014. Eu tenho certeza que o Brasil será hexa jogando em casa.

O que mais me deixou triste, de verdade, foi ver as declarações do Julio César e do Kaká. Dois jogadores super vitoriosos nos seus clubes, símbolos de uma geração carente de ídolos e muito queridos pela torcida brasileira. Acredito que os dois ainda podem representar o Brasil em 2014. E espero que, dessa vez, saíam vitoriosos.

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