Editorial: concorrência copia Futebol e Mulher [2]

Com a eliminação precoce e ridícula da Itália, o caderno de Esportes do jornal de maior circulação do Brasil, que pertence à poderosa com o mesmo nome, usou a seguinte “abordagem” em sua capa.

Para quem não conseguiu ler, trata-se de uma foto do capitão italiano Fabio Cannavaro, com o seguinte texto.

“A Copa do Mundo ficou mais triste com a eliminação da Itália. Mais sem graça e mais, mas muito mais, feia. É bem verdade que, tecnicamente, o time de Marcelo Lippi mereceu. Mas esqueçamos esse, digamos, pequeno detalhe, em se tratando de seleção italiana. Cannavaro, o capitão, porém, estava lá pra honrar a tradição de qualidade.

Os últimos 20 minutos do jogo com a Eslováquia foram emocionantes, e a torcida pelo empate que classificaria a equipe foi maior ainda. Não dava para ficar indiferente. Não dava pra sufocar aqueles gritos que os homens detestam quando as mulheres torcem. Pena. Eles foram embora. Agora, o momento dos hinos e o fim dos jogos ficaram sem graça...”

Como a Camila já tinha dito em um post anterior, a gente já pode achar que tá fazendo sucesso e a concorrência, com medo, começa a copiar nossa linha editorial?!

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Bye-Bye, África.

Primeira fase se definindo, e já podemos ver que os times da casa penaram (e ainda penam) pra conseguir uma vaga nas oitavas. O penar, nesse caso, é uma pena. Times bons, ou pelo menos não tão horríveis assim, estão vendo a primeira fase da primeira Copa do Mundo em solo africano acabar, e com ela, o sonho de poder avançar rumo a uma possível final em casa.

A primeira equipe que vimos nessa situação, e já desclassificada para a segunda fase é a dona da casa, Africa do Sul, que aliás se tornou a primeira anfitriã, em Copas do Mundo, a não evoluir na competição. Quarta colocada na Copa das Confederações em 2009 com uma "bela" campanha, os Bafana-bafana, não repetiram o mesmo desempenho em 2010.

Depois de um empate na abertura dos jogos com o belo gol de Tshabalala; de uma derrota para um Uruguai bem organizado contando com um Diego Forlan bastante inspirado; chega, enfim à vitória. No entanto o placar jamais esperado de 2x1 em cima da França decadente (seleção que merece um post à parte) não foi suficiente para superar, no saldo de gols, o México, também com 4 pontos.

Dessa equipe fica a memória de um grupo super unido que ao invés de gritar "Raça!!", "Força!!!", "Vamos acabar com eles!!!" e outros incentivos análogos, mostrou ao mundo a força de vontade traduzida em canções de motivação e "anti-stress" (afastando o nervosismo de uma seleção sem tem tradição no esporte, quanto mais em competições desse nível).

Foi bonito presenciar, ainda que pela TV, a união do grupo antes de cada partida. Os jogadores em círculo, simbolo do infinito, que ali infindava em alegria e esperança, dentro dele, ajoelhado, Pienaar, o craque do time sendo abençoado. E muitas outras diversidades que sobressaiam às adversidades.

Nigéria deu o "azar/sorte/azar" do mundial. Mas como assim? Perguntaria o leitor. Ora, Nigéria caiu no caminho de uma Argentina ofensiva, Maradona surpreendendo como articulador tático, e o melhor do mundo dentre os escalados: que azar.
No entanto contou na estreia com Enyeama, parando Messi e suas jogadas absurdamente fantásticas, deixando a mesma Argentina na saia justa de um magro placar de 1x0: sorte! O pior passou sem muitos danos.

Jogo contra Grécia, outra demonstração da falta de uma pata de coelho, uma virada de 2x1 dos helênicos com a ajuda do paredão Enyeama que deu um rebote bonito para Torosidis colocar no gol.

Agora... a embolação dos dois últimos jogos.

Placar: Argentina 0x0 Grécia. Segundo lugar da chave seria Grego. No entanto Argentina deu uma mão, fez um gol. Aí, o futuro da Nigéria estava nas mãos Nigerianas.
Resultado: Coreia 2 x 2 Nigéria. A seleção do Leste da Africa perde a classificação. Mas isso não foi tão importante nem tão comentado quanto o gol não feito por Yakubu: azar. A classificação foi pela linha de fundo junto com aquela bola, que talvez desse forças pra uma Nigéria abatida quem sabe aumentar o placar, vencer e sguir na competição pelo saldo de gols. Aliás, o coitadinho, além de pouco bonito, deve estar com sérios problemas psicológicos, como stress e baixa autoestima!

Dois grupos, duas seleções africanas desclassificadas.

Argélia, coitadinha... nem se fala.
Com duas derrotas, um empate e nenhum gol marcado, e um frango logo de cara, o time africano que se destaca pela ausência do tipo fisíco comum no continente (negros altos, brutais e velozes),  "mais fedeu do que cheirou" durante o campeonato, fez partidas chulas e sem nenhuma emoção. Destaque para Ghezzal que conseguiu a proeza de apresentar no primeiro jogo contra a Eslovênia pouca originalidade no corte do cabelo (Moicano nele ficou UÓ!), e pouco futebol: foram menos de 15 minutos entre a entrada, o primeiro cartão amarelo por falta tosca e a tentativa de entrar pro "Hall da Copa da Mãozinha" que foi penalizada pelo juiz atento, dessa vez!

Mais ao sul, logo abaixo da Nigéria, está a equipe de Eto'o. O craque do Inter não foi suficiente para garantir a seleção de Camarões na segunda fase da competição. Uma pena, pois Eto'o é sempre Eto'o.

No grupo G, acho que não precisamos ir a fundo na análise. A Costa do Marfim não foi nem um pouco privilegiada ao cair na chave de duas grandes seleções. Era óbvio que Brasil e Portugal garantiriam os primeiro e segundo lugares. É claro, sempre há a possibilidade de zebra, afinal, a Copa de 2010 está se configurando como a maior "estraga prazeres de bolões" da história. Pois, para que a costa do Marfim consiga passar para a segunda fase, é preciso o improvável (não digo impossível).

Se o povo africano quiser ver Didier Drogba (o mais bonito segundo as mulheres africanas - adendo: ????) jogando as oitavas é preciso torcer por uma vitória que supere o saldo de gols de Portugal. É nada mais nada menos que um saldo gordo de SETE gols. Adeus Costa do Marfim, foi bom ver seu lindo uniforme alaranjado em campo.



















É isso, das SEIS seleções africanas, CINCO voltam pra casa muito mais cedo. Ainda bem que Gana (ainda) taí. O povo de lá deve agora esperar por uma boa atuação num grupo que não é nenhum bicho de sete cabeças. Uma seleção sortuda, outra esforçada e a última que pode dar um pouco de medo pela boa atuação que vem tendo nas últimas partidas (tá, eu não vou falar do meu querido Forlan mais uma vez!).

De verdade? Eu torço, sim, por Gana. Mas aí dela que nos tire o prazer de ver Lugano, Forlan e Suarez em campo.


Reparem: estou contando com a zebra bem quieta no canto dela no jogo URU x CDS.
Reparem [2]: caguei pros EUA, assim, caguei pro futebol, mas olha que queridos:

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Ciao.

A Itália se despediu da Copa do Mundo nessa quinta, ocupando a última posição do Grupo F. Um grupo bem fácil, diga-se de passagem. A atual campeã mundial decepcionou ao perder por 3 a 2 para a Eslováquia.

Eu não esperava muito da seleção italiana, que chegou sob desconfiança na África do Sul. Mas a questão é que muitos achavam que, mesmo com os dois empates, a Itália fosse vencer o último jogo e avançar para as oitavas, onde, normalmente, torna-se um pouco mais competitiva e briga pelo título mundial.

Mas o que se viu no jogo foi uma Itália que mal conseguia sair do seu campo defensivo, um Pirlo jogando no sacrifício e um domínio da portentosa seleção eslovaca (insira aqui uma dose de ironia, por favor). O capitão Canavarro não esteve bem, assim como o atacante Iaquinta. A Itália só mostrou-se ofensiva no final da partida, quando marcou 2 gols e colocou emoção no jogo.

Eu sempre gosto de ver as grandes seleções dando show na Copa e passando pra segunda fase, onde o bicho começa a pegar. Mas a Itália, bem como a França, não merecia essa segunda fase. Não mostraram futebol. E foi-se o tempo onde a camisa, sozinha, ganhava alguma coisa. Optando por jogadores mais velhos e, na teoria, mais experientes, as duas seleções européias deram vexame e voltam mais cedo pra casa.

Outra coisa que me desanimou de ver os jogos da Itália foi a ausência de Totti e Luca Toni, ambos da Roma, entre os 23 escolhidos pelo técnico Marcello Lippi. Porque, né, se é pra jogar um futebol feio, que tenha, pelo menos, os jogadores mais bonitos. (Eu não compartilho da opinião de 99% das mulheres que acham o Canavarro a 8ª Maravilha do Mundo).

A Copa podia ter ficado mais bonita, não é mesmo?!

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Editorial: concorrência copia Futebol e Mulher

Qual não foi o meu espanto, ao entrar no conceituado site globoesporte.com, que como o nome diz é controlado pela toda poderosa, constatar que a matéria de capa segue a linha editorial do nosso Futebol e Mulher! Será que o nosso sucesso já está incomodando? Vale uma reflexão!


Obs1: Para você que não sabe o que é linha editorial consulte o conceituado site de pesquisa: http://pt.wikipedia.org/wiki/Editorial

Obs2: Se alguém do globoesporte.com estiver lendo esse post, eu questiono" Tem uma vaga de estágio ai?"

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Triste desequilíbrio no chaveamento

Fim de primeira fase para quatro grupos, hora de pensar sobre o emparelhamento das próximas (e espero que emocionantes!) fases.

De cara, já fiquei um pouco decepcionada, pois sempre gosto de ver as seleções mais fortes, com mais craques, de mais tradição, chegando aos momentos decisivos e provavelmente algumas (ou várias) ficarão pelo caminho. Explico! Como todos nós já sabemos a Inglaterra conseguiu um decepcionante segundo lugar no grupo, o que a colocou de frente com a Alemanha logo nas oitavas. Até ai tudo bem, isso é comum em Copa! Porém, pensando na fase seguinte uma dessas duas seleções enfrentará Argentina ou México, ou seja, apenas uma seleção entre Alemanha, Inglaterra, Argentina e México estará na semifinal.

Essa conclusão fica mais triste quando olhamos para a outra chave que foi definida hoje. Um outro semifinalista da Copa está entre EUA, Gana, Coréia do Sul e Uruguai! Antes da Copa poucos apostavam que uma dessas seleções iria tão longe. Bom para o Brasil, que se confirmar o primeiro lugar no grupo enfrentará uma dessas quatro seleções se chegar à semi, ai o hexa dos Dunga’s boys fica bem mais próximo.

Se compararmos o peso das camisas existe um claro desequilíbrio entre as chaves, porém na análise dos modelos que as vestem nem tanto! De um lado, Lugano ou Feihaber (esse com sangue brasileiro) podem alegrar uma das semifinais. Do outro lado, podemos contar com a presença de Higuain (para minha irmã fã numero um do hermano) ou Terry (homenagem à Marcella). Enfim opções para todos os gostos...




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Pepe.... REINA!

Mesmo não concordando com as escolhas do Dunga, eu torço pra que a nossa seleção seja hexacampeã mundial. Mas como eu também sou, E MUITO, fã do bom futebol, torço demais pra seleção da Espanha. E um possível encontro nas oitavas de final (final antecipada?) tá me deixando, digamos... nervosa. Uma seleção que tem Fábregas no banco merece o respeito de qualquer um.

A Espanha chegou na África do Sul como uma das favoritas e tropeçou, com vontade, na estreia contra a Suíça, perdendo por 1x0. Essa partida foi a maior decepção da primeira fase pra mim. Até mais do que as atuações pífias da Inglaterra e da França. Todo mundo retomou aquele discurso pronto, da seleção que sempre amarela na hora do “vamos ver”, e caiu em cima de todos os espanhóis (UI!). E como crise é o pretinho básico dessa Copa do Mundo, tentou fazer dessa derrota inesperada um problema maior do que ele já era.

Pior do que empatar na primeira rodada (como foi com França e Inglaterra) é perder. Mas a derrota abriu os olhos dos espanhóis, Del Bosque mudou a equipe e, ao contrário das suas amiguinhas européias, a Espanha venceu o seu segundo jogo (2x0, contra Honduras), deixando a classificação praticamente nas suas mãos. O jogo podia ter sido Villa 5x0 Honduras, mas isso é outra coisa. O importante é que a Espanha conseguiu reverter um quadro e avançar. Ainda não é o ideal e tá muito abaixo do que todo mundo espera, mas é um avanço.

Volume de jogo, toques rápidos, domínio na posse de bola são características dessa seleção que manteve a sua base campeã da Euro 2008, um campeonato de nível altíssimo, onde eles mostraram a força de uma geração ultra vencedora. Pra se ter uma idéia, dos 23 escolhidos pelo técnico, só 3 jogam fora da Espanha. SÓ 3!! E esses três (Pepe Reina, Fábregas e Fernando Torres) jogam na Premier League, um dos campeonatos mais fortes do mundo. Barcelona e Real Madrid são os clubes com mais jogadores na seleção: um com 7 e outro com 5, respectivamente. (David Villa, que foi contratado pelo Barcelona pouco antes da Copa, consta como jogador do Valencia). Ao contrário das seleções em crise, o grupo espanhol parece extremamente unido e companheiro, assim como eu acho que o Brasil está. E essa união é o que pode fazer a diferença em um campeonato tão importante e nervoso quanto uma Copa do Mundo.


Os espanhóis não só dão show no futebol. A seleção é um dos destaques estéticos dessa Copa do Mundo. Vê se vocês não concordam comigo?


(Piqué, Casillas, Xabi Alonso e Fernando Torres: só gracinha né?!)


Eu ainda espero uma goleada da Espanha, com gols do Fernando Torres (xodó!!). E espero que Brasil e Espanha não se enfrentem nas oitavas. Pelo bem do futebol, do Brasil e da própria Espanha. Acho que o adversário ideal pro Brasil é o Chile e tô na torcida pra que seja assim. Mas se não for, terei que dar adeus a uma das melhores seleções da Copa, tanto na tática quanto na estética. Así es la vida, España!
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O melhor esquema tático do mundo!

Taí, uma ideia que eu curtia e nunca via: O futebol falado por quem entende da "coisa". E não é só a "coisa" FUTEBOL, mas as "COISA TUDO" - com o perdão da (falta de) concordância!

Mulher é isso, né?! Sempre sabe de tudo, de todos... e não adianta você, espécime masculina, querer provar que ela não sabe, porque do jeito teimosa que ela é, pode até não saber de primeira... mas vai querer aprender só pra te deixar no chão. E o melhor... ela sempre consegue!

Agora, quem foi o DIACHO que falou que FUTEBOL não é coisa de MULHER? Ora, BOLAS! Claro que é!
Ahhh não?!???
Vamos ver, então, o quanto no futebol é mulher...

A partida, torcida, grama, chuteira, perna, panturrilha, coxa do Roberto Carlos, Jabulani, camisa, bermuda, bandeira, corneta, vu-vu-ze-la, tabela, chave, escalação, prorrogação, penalidade, cobrança de falta, expulsão, contratação, arbitragem, robalheira, narração, campanha #Calaboca Galvão, arrancada, matada no peito, caneta, coruja dorme, trave, rede, lateral, jogada individual, de placa, pequena e grande área, defesa espetacular, marcação, atuação, pontuação, derrota, tristeza, vitória, alegria, taça, euforia, competição, copa do mundo...SELEÇÃO BRASILEIRA HEXACAMPEÃ.

Vem, agora! Me diz aí que futebol NÃO é coisa de mulher! Diz?!

É claro.. não podemos esquecer do que as mulheres gostam, né?! O lado masculino, musculoso suculento, cheirando a suor.. não... ainda não to falando dos jogadores.. mas jajá chego por lá!

Vamos concordar... há, sim uma infinidade de machezas em CAMPO... mas vou ser BREVE. E pra não complicar (quem foi que disse que a gente é complicada, heim?!) só vou destacar o que é a paixão nacional... das MULHERES:

O JOGADOR, O ATAQUE, O DRIBLE, O CHUTE, O GOL.

(aiaaaaaaaiii... fiquei até arrepiada!)

E, meninas, vamos concordar [2]... esses cinco "Ôs" são, ou não são o segredo pra felicidade?!

E, meninos, NÃO... eu não tô falando SÓ de FUTEBOL.
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E eu gostava tanto de você...

É difícil dizer qual é o problema com a Inglaterra - e não por falta de hipótese. O fato é que o English Team ainda não foi nem sombra da seleção que fez uma ótima campanha nas eliminatórias européias, fazendo menos pontos apenas que a toda poderosa Espanha. Toda a empolgação que acompanhou o time até a África do Sul foi seriamente ferido após o empate (com requintes de crueldade, diga-se de passagem) na estréia, contra os Estados Unidos, e terminou de morrer após o desastre contra a Argélia.


Como a imprensa britânica não é boba nem nada, e sabe muito bem garantir o ganha-pão com manchetes que seriam cômicas se não fossem dramáticas (paremos um segundo aqui para pensar no apocalipse que seriam as coletivas se o Dunga fosse o técnico da Inglaterra), já tratou de dar início a uma crise que, se não está sendo tão graves quanto às da França, podem chegar perto.


A atuação apática, estática e totalmente sem brilho da seleção inglesa fez os britânicos questionarem quais seriam os motivos para um time que prometia tanto estar correndo sérios riscos de eliminação logo na primeira fase. A dita "Golden Generation" do futebol inglês, sob a batuta de Steven Gerrard, Frank Lampard, John Terry, Ashley Cole e Wayne Rooney, além dos machucados Rio Ferdinand e David Beckham, conquistou tudo e mais um pouco pelos seus clubes, mas nunca conseguiu entregar pela seleção tudo o que o rótulo prometia. Para uma parte da torcida a explicação é simples: o British Team simplesmente não é tão bom quanto os próprios jogadores e todo o mundo acham que é. Será?


É claro que a Inglaterra não é nenhuma Espanha, que tem estrelas de primeiro escalão do primeiro ao terceiro goleiro. É bem verdade também que, se a Premier League é considerado o campeonato mais forte do mundo, e se os times ingleses passaram bons anos dominando o cenário mundial, é fato que muito disso se deve aos estrangeiros que invadiram a Inglaterra. Mas questionar a qualidade de jogadores como Gerrard e Lampard é um pouco demais. Esperar que eles tenham a mesma performance pela seleção que tem por seus clubes é ilusório; poucos - aliás, pouquíssimos - são os jogadores que conseguem ser 100% pelos seus clubes e seleções. Mas o que seria do Liverpool se não fosse o Gerrard? O que seria do Chelsea sem a liderança de John Terry e seu BFF, Frank Lampard? O que seria do Manchester United sem Wayne Rooney? Talvez alguns deles não sejam mais a mesma Brastemp de três anos atrás, mas ainda assim.


Que são jogadores de primeira linha eu não tenho dúvidas, como não tenho dúvidas também de que os ingleses são bons o suficientes para avançar nessa Copa do Mundo, pelo menos em teoria. Se não chegar até a final, pelo menos passar facilmente desta primeira fase.


Que pasa, Inglaterra?


A segunda hipótese, que eu considero bastante plausível, ainda que questionável, é falta de resistência à pressões exteriores. Justamente por se tratar da geração dourada, e por esta geração já estar chegando nos seus finalmentes sem ter conquistado resultados expressivos para o país, os jogadores carregam um peso triplo nas costas. Desde 1966 a Inglaterra espera o nascimento de um time que seja capaz de levar os inventores do futebol de volta ao ponto mais alto do pódium mundial - e desde 1966, time após time vem frustrando a torcida. E não só a torcida, como a mídia também. A imprensa britânica, que já adora um escândalo por natureza, não perde uma oportunidade de alfinetar, e está adorando se frustrar com mais um fraco início de Copa da sua seleção.


A imprensa de um lado, a torcida do outro, o fim da carreira pela seleção chegando, e pum. A camisa britânica exerce nos jogadores um efeito contrário à que a do Brasil exerce nos brasileiros; enquanto a nossa parece encher jogadores como Robinho, Elano, Julio Baptista e cia. de confiança, a britânica faz os seus atletas tremerem nas bases.


Mas como é que jogadores que já jogaram dezenas de finais, já ganharam dezenas de títulos e já tiveram a responsabilidade de levar os seus times às conquistas dezenas de vezes não conseguem controlar a ansiedade, a ponto de se tornarem amedrontados que sequer conseguem arriscar em campo? Como é que o medo de errar pode superar a vontade de se destacar, de vencer? Como é que líderes naturais ficam calados durante 90 minutos, assistindo seus companheiros perdidos e sem sangue em campo? Difícil entender. Mas esta parece ser a única alternativa que Fábio Capello encontrou para explicar o fracasso dos seus comandados até aqui.


O coach italiano da seleção afirmou que não consegue entender o que se passa em campo, já que ele está usando o mesmo esquema das eliminatórias, dando as mesmas instruções e agindo exatamente da mesma forma. Ou seja: claramente o problema não é dele, que não hesitou em afirmar que o problema do time "são os nervos".


Essa atitude do Capello, pra mim, reflete uma imensa falta de tato em um momento claramente delicado. Que a Inglaterra gosta de escorregar na banana e não raramente mostra um déficit de afinco prejudicial em momentos cruciais (vide a não-classificação para a última Eurocopa, em 2008) todo mundo sabe. Mas essa é uma Copa do Mundo, e um cara de bagagem, com o currículo do Capello, deveria entender que há horas em que alguém tem que ceder.


Não é de hoje que os jogadores apresentam uma certa reticência em relação à, digamos, falta de calor do técnico. Capello não é amigo dos seus comandados - e tudo bem, ele não tem que ser amigo, tem que ser um bom chefe. Mas se ele sabe que a Inglaterra sofre dessa carência de afeto e calor humano, se sabe que eles precisam de uma injeção de confiança que só uma mão amiga pode aplicar, por que não tentar ser mais parceiro?


As críticas - ou "críticas" - de John Terry em relação estilo de comando de Capello geraram um bafafá à lá Dunga-pós coletiva.


Terry falou da vontade de ver Joe Cole sendo escalado como titular, falou que ainda se sente capitão do time, falou que outros jogadores também estão frustrados e sentem necessidade de um diálogo com o treinador - e disse que isso tudo seria debatido na tal reunião, onde ele e mais alguns iriam se dirigir a Capello para expor as suas opiniões.


Agora eu pergunto: qual é o problema?


Tá que isso não é o que um jogador normalmente abre para a imprensa - tá que o clima já não estava bom pelos resultados. Mas ele disse alguma coisa demais? Em nenhum momento ele desrespeito o técnico, muito pelo contrário - elogiou o trabalho do Capello, disse que o treinador devolveu a confiança à equipe e que o time estava totalmente fechado com ele. É óbvio que alguma coisa está errada, e eu não vejo nada demais em conversar abertamente sobre isso. Não é só porque o Capello é o técnico que ele necessariamente tem todas as respostas para o puzzle inglês, afinal, quem convive o ano inteiro, se enfrentando ou jogando junto pelos seus clubes, o ano inteiro, são eles.


Mas não; os outros jogadores logo trataram de se afastar, dizendo que jamais tinham concordado com Terry, e ele acabou recebendo pedidos pouco simpáticos de membros da comissão técnica para que não se manifestasse durante a reunião. O que aconteceu? Eles simplesmente sentaram e ouviram Capello dizer que o problema era a falta de confiança deles, sem que ninguém se manifestasse para falar o que realmente sentiam.


Ou pelo menos foi isso que a imprensa britânica divulgou.


No que isso ajuda a melhorar o climão, eu não sei. Mas sei que a situação, se já estava ruim, deve ter ficado ainda pior quando Cepello foi à mídia dar esporro no Terry, dizendo que ele cometeu um grande erro, e que a tal "revolta" que ele estaria tentando criar (oi q?) era na verdade um problema pessoal dele, e não algo coletivo. "Se algum jogador está insatisfeito, eu só tenho a lamentar por ele. Penso no time, e não nos indivíduos." Em outras épocas eu até diria que ele está certo, mas definitivamente não quando quem está insatisfeito no seu time é Wayne Rooney, vulgarmente conhecido como seu melhor jogador. Se você quer chegar a algum lugar, então esse é um problema que você tem que resolver, meu filho.


Eu imagino que a última coisa que o Capello queira numa hora como essas é que jogadores-chave do seu time entrem em campo numa bad. Se o boca-grande vai na imprensa falar o que não deve, entenda Capello, você, como voz da razão que deve ser, não pode entrar na briguinha infantil e fazer o mesmo. Se jogador pudesse comandar o time sozinho, não haveria necessidade de ter um comandante, e ele não tá lá só pra dizer que o Joe Cole não vai jogar, que o Heskey é bom o suficiente e que o Gerrard tem que jogar na esquerda - ele tá lá pra manter o comando sobre a equipe quando tudo o mais falhar. Se os nervos dos seus pequetitos está indo embora, é responsabilidade tomar as rédeas - de maneira sóbria e exemplar, não jogando a culpa toda neles e dando palmadas públicas naquele que é, queira ou não, o capitão em espírito da equipe.


Ingenuidade tola do Terry + ego elevado a níveis estratosféricos do Capello = Lampard trabalhando mais fora de campo do que dentro dele e The Sun vendendo mais do que nunca.


Ahh, Inglaterra...



Mas como nem tudo é tristeza!


E como eu sou paga *ahem* pra falar de homem nesse programa, aproveitando a deixa britânica, não poderia deixar de colocar aqui alguns pitéis à lá chá-das-cinco.



Frank Lampard, BFF, vice-capitão e bombeiro nas horas vagas. NÃO IMPORTA O QUE A MARIA LUIZA ACHE, ele ainda é alto, moreno, bonitão, do tipo que as garotas acham um pão (fiz até rima, olha só).





Belos olhos verdes.




Imagem mais marcante da Copa.





O divo, o muso, o linguarudo da seleção inglesa!





Olhos de ressaca. De quem vai acabar com o casamento do melhor amigo. (Lampsy que se cuide.)
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